Emoções
Emoções agradáveis são fáceis de serem vividas. As desagradáveis nem tanto. Para que servem? Qual é a sua função?
Servem para nos avisar que estamos a viver de acordo com crenças que já não nos servem e em desacordo com os nossos valores e princípios.
São gritos do nosso inconsciente e do nosso espírito para nos informar que estamos desalinhados com o que é o nosso propósito de vida.
São um sinal de aviso e um chamamento que nos sugere e impele a corrigir o caminho da nossa vida.
Além do descrito, emoções também são energia. Se as emoções não forem vividas, essa energia fica presa dentro de nós.
Se a energia ficar presa, vai encontrar sempre uma forma para se libertar e para se manifestar.
Não lidar com emoções leva a que a expressão das mesmas se faça através do corpo com o surgimento de doenças e somatizações, ou até através de outras áreas da vida como problemas no carro, equipamentos electrónicos e outros que estejam ao nosso cargo.
Como lidar com emoções menos agradáveis
Eis como tenho trabalhado em mim e com os meus clientes nos processos de Coaching:
1 – Constatar que se está a viver uma emoção desagradável, seja ela qual for: tristeza, raiva, zanga, nojo, irritação, inveja, etc. E o que é constatar? É verificar que ela existe, que é real, que está presente;
2 – Observar o que essa emoção está a fazer ao corpo. Que sensações e que alterações está a provocar ao sistema interno do corpo físico e da mente;
3 – Verbalizar o que vem com a emoção. Dizer o que vem, sem pudores nem filtros. Deixar que a emoção se expresse como é. No entanto, é conveniente que este passo não seja direccionado a ninguém, a verbalização deve ser feita sem ser dirigida a um receptor em particular.
Se é estar a falar sozinho? Não! É uma libertação da energia da emoção através da verbalização. E deve ser sobre o que a emoção nos faz sentir e não sobre “o que o outro nos fez”. É uma tomada de consciência do que estamos a sentir.
Se analisarmos com clareza, o “outro” não nos faz sentir nada. O outro é o meio através do qual as emoções podem ser activadas, constatadas e observadas por nós. Então, o outro será sempre um gatilho que activa algo que é nosso. E esta consciência aumenta a nossa responsabilidade perante a vida.
Qual é o resultado?
Este processo ajuda a aliviar, a drenar, a deixar que se expresse a maior carga emocional. Assim, aliviamos o ímpeto do comportamento automático, o que nos abre uma porta à oportunidade de escolher se as nossas reacções continuam a servir ou não os nossos propósitos.
Podemos escolher se continuamos a reagir de forma automática e condicionada ou se passamos a agir.
O gatilho que desperta a emoção vai continuar a existir, logo a emoção também o vai. Então o que muda? O aumento da auto percepção e da auto regulação. Logo, uma mais desenvolvida capacidade de escolha entre agir ou reagir perante determinado estímulo.
Se este processo é consciente? Maioritariamente não! Daí ser esta uma das formas como a nossa mente inconsciente e o nosso espírito se manifestam e se fazem presentes a nossa realidade conceptual.
Com o desbloqueio emocional, ficamos mais alinhados ao nosso sentido de direcção, que vem do nosso interior e que nos aponta qual é o “propósito” da nossa existência. Assim, também fica mais claro quais as são as acções a empreender que nos levam a percorrer o nosso caminho de vida.
Assim, estamos no nosso percurso de evolução pessoal.
Hugo Machado
Espetacular Hugo, muito para assimilar!
Grata pela partilha.
Ana